Quarta-Feira Santa, 16 de abril de 2014 (411)
Observando-se pelo aspecto PURAMENTE SOCIAL, a morte de Jesus tem muitas motivações, injustificáveis, claro. Jesus era manso e humilde. Mas os biblistas costumam pesquisar os motivos sociais, religiosos, políticos, econômicos e ideológicos da condenação.
+ As tensões entre sírios e judeus (como se sabe, em algumas ocasiões os reis sírios dominaram a Judéia, como no tempo dos Macabeus).
+ A aversão que as autoridades romanas (e os procuradores…) tinham para com os judeus.
+ As contínuas tensões entre judeus e romanos.
+ O medo que os romanos tinham das revoltas populares provocadas por (falsos) messias, ou líderes populares, que surgiam.
+ A tensão entre a população da cidade e a do interior. Havia muitas revoltas de camponeses.
+ Os muitos “profetas” populares viviam atacando o Templo, centro do poder religioso e político, e isso intrigava.
+ As tensões entre a aristocracia (classe alta, que tudo fazia para manter o poder), e o povo simples.
+ Os chefes judeus costumavam entregar os agitadores ao jugo dos romanos. (Mas podiam ter visto, muito bem, que Jesus não era nada parecido com esses.)
+ A classe sacerdotal, para manter sua autoridade, mantém sob severa vigilância o cumprimento quase radical da Lei.
Isto pode ser visto nas entrelinhas do Evangelho. Jesus será vítima também desse conjunto de tensões. Naturalmente, às vezes uma única autoridade é capaz de criar situações de violência, e isso pode-se observar ainda hoje.