Comemoração da impressão dos estigmas de São Francisco de Assis

Dia 17 de setembro de 2014 (513)

O Martirológio Romano, no dia 17 de setembro diz: “Sobre o monte della Verna, na Toscana, a comemoração da Impressão dos sagrados Estigmas, que, por maravilhosa graça de Deus, foram impressas nas mãos, nos pés e no costado de São Francisco, Fundador da Ordem dos Menores”.

Poucas e sintéticas palavras para descrever um evento extraordinário, e que antes nunca se tinha verificado (S. Francisco de Assis: 1181-1226). Este fato é imortalizado de diversas maneiras, na arte, na literatura, na piedade. Depois dele, vários santos e santas  também tiveram esses sinais da Paixão de Cristo, sendo que o mais famoso, nos últimos tempos, foi São Pio de Pietrelcina, falecido em 1968.

Era o ano 1224. S. Francisco de Assis, dois anos antes de morrer, queria passar no silêncio e na solidão, quarenta dias de jejum em honra do Arcanjo São Miguel. Nessa ocasião recebeu as marcas de Cristo.

Aliás, era já habitual para Francisco de Assis passar longos dias em lugares retirados e solitários para a meditação e a oração. Ele sabia que todo apostolado é estéril se não está sustentado pelo crescimento da própria vida interior.

No princípio, os próprios papas tinham dúvidas a respeito desses estigmas. O livro “I Fioretti de São Francisco de Assis” (Editora Vozes) fala de outros mais que tinham dúvidas.

Lembremos aqui que os estigmas, em si, não são de origem sobrenatural, mas somatização de algum sentimento. (Outras formas de chagas podem ser também resultado de transtorno psíquico.) Os fenômenos que os acompanham podem ser sobrenaturais, como os agradáveis odores ou a cicatrização instantânea que ocorreu com alguns santos.

São Francisco de Sales, em seu “Tratado do Amor Divino”, em 1616, explicava os estigmas como sendo resultado de imenso amor de compaixão para com Cristo crucificado. E São João da Cruz (1542-1591) ensinava que os estigmas são a manifestação ou a consequência de uma outra ferida, a “ferida do amor” a Cristo.

É admirável verificar que essa interpretação desses dois autores é correta, uma vez que em seu tempo não havia a ciência da metapsíquica (hoje parapsicologia).

Os estigmas nos lembram também que a santidade é exclusividade católica. Os espertalhões e fundadores de seitas gostam é de outras coisas.

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